Que história!
Quando transitava ontem pela televisão, por volta das nove da noite, deparei-me logo de cara com as faces de um grupo de personagens, maquiados a la Buster Keaton, falando, num quase superclose, recobertos por um fundo negro, uma expressão que já tinha escutado em algum momento da história da comunicação televisiva. Todos apareciam com o mesmo bordão, gestos e dentes, intercalados apenas na diversidade de gênero, já que raça, foi peça em uníssono. Ali estava o Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Partido não estava mesmo. O sangue de poder não parte essa agremiação em nada. Um por todos somos todos! O movimento já sabemos bem todos: somos o maior partido do Brasil. Somos grandes, imensos, talvez até mesmo maior do que o Brasil, as Américas, a Terra, o Universo… o Infinito. Quanto finitude de pensamento passaram pelo vídeo nesses minutos de propaganda eleitoral gratuita e obrigatória.
Ao perceber que o som da TV havia mudado diante da programação rotineira, meus olhos também se voltaram ao que ali surgia da escuridão. E nessa guinada, deparei-me com figuras sombrias, cenas de expressionismo alemão, pontuadas por frases curtas, com subtítulos de seus cargos e descendência genética, a apresentarem suas treinadas falas.
Porém, o que falavam esses mentores do movimento democrático?
Falavam:
A verdade aparecerá…
A verdade será conhecida…
A verdade prevalecerá…
A verdade não pode ser omitida…
A verdade deve ser aceita…
A verdade é..
A verdade.
Verdade.
Logo em seguida, após alguns segundos de audiência dada ao digníssimo partido, encontrei o controle remoto e zapinnggggg.
Contudo, essa coisa toda me deixou encafifado. Fiquei matutando até encontrar a verdade do caso.
Eureka!
O PMDB é o Arquivo-X.
Ninguém é inocente! Somos todos ETs.
Fábio Gomes